Entrevista: Arthur Di Braschi do Mondo Birre Curitiba
Sabe aquela conversa de boteco? Pois esse papo pode ficar muito interessante quando envolve o sócio do bar com maior número de cervejas de Curitiba, boas cervejas na mesa e um gravador. E foi em clima de bate papo que fizemos nossa entrevista com Arthur Di Braschi, um dos donos do Mondo Birre
Curitibano, designer gráfico por formação e sócio de um dos bares mais badalados da capital paranaense. Fizemos nossa entrevista com Arthur Di Braschi em uma das mesas do Mondo Birre, rodeados por mais de 70 cervejas de todos os cantos do planeta. O ambiente por si só já pede uma boa gelada. Não é por ser um bar de cervejas que o Mondo tem cara de boteco ou de clube do bolinha. O lugar é um agito e a decoração, um show à parte – com bandeiras, quadros, luminosos e vários outros objetos que o próprio Arthur trouxe de suas viagens. Durante mais de uma hora provando petiscos da casa e alguns exemplares de cervejas canadenses, inglesas e alemãs, Arthur nos contou um pouco da história do Mondo Birre e da sua relação com as cervejas.
Como surgiu a idéia de abrir o Mondo Birre?
Começou com o convite de dois amigos meus. Eu nunca tinha trabalhado em bar antes. Tinha me formado em design e tocava minha empresa de hospedagem de sites. A primeira coisa que me veio à cabeça foi: se eu fosse o cliente, do que eu gostaria? Assim propus que se a gente vendesse cerveja grande, deixasse a cozinha aberta até o último cliente, aceitasse todos os cartões de crédito e não cobrasse nem entrada nem consumação eu topava. E foi assim que começou a história.
Já era pra ser um bar com um cardápio tão variado de cervejas?
Não. Essa idéia surgiu das nossas conversas. Quando a gente fez o primeiro brainstorming sobre o que fazer, ficamos pensando num motivo, num tema para o bar. Daí surgiu a idéia de abrir um bar com coisas do mundo todo. Isso valeria para comida, ambiente e bebida. E quando pensamos em bebida vimos que oferecer cervejas do mundo todo poderia ser uma opção muito legal.
Desde o começo vocês ofereceram essa variedade enorme de cervejas?
Na verdade quando a gente abriu tínhamos bem mais cervejas no cardápio, umas 150 mais ou menos. Hoje temos pouco mais de 70 cervejas, entre nacionais e importadas. Nossa intenção é sempre colocar novidades no cardápio, mas também tirar as que não tem muita saída. Fazer um rodízio.
Um dos problemas das cervejas importadas é que muitas só têm um fornecedor no Brasil inteiro e às vezes elas ficam muito tempo sem vir. A entrega não é garantida. O que eu tento fazer hoje é pegar cervejas de fornecedores que me garantem a entrega. No começo, quando tínhamos muito mais cervejas no bar, já aconteceu de eu não ter a metade do meu cardápio porque o fornecedor não garantia a entrega.
Como foi a aceitação do público? O pessoal que vinha aqui já conhecia as cervejas importadas?
Não, não. Bem no começo do bar tinha um grupo específico de clientes que vinha aqui pra tomar cerveja importada. Fora isso, com o passar do tempo o nosso público foi ficando cada vez mais jovem, e jovem quer curtir a balada mas sem gastar muita grana. E o que aconteceu? A gente comprou um contêiner de cerveja. Era muita cerveja! Acabou que muitas estavam vencendo e nós fizemos eventos de degustação para zerar o estoque. Depois disso, a gente optou por, ao invés de ter as melhores cervejas do mundo, ter de vários lugares do mundo. Cervejas de outros países, que tenham um custo mais acessível. Até temos as cervejas caras, mas é difícil alguém que esteja disposto a pagar 50 reais por uma garrafa em um bar, por exemplo. Isso é realmente pra quem aprecia. Sendo que se fosse um vinho, né? Um vinho “mais ou menos” custa 50 reais. Então você pode degustar as melhores cervejas do mundo pelo preço de vinhos de média qualidade. Só que não adianta, a nossa cultura ainda não chegou nesse ponto. Acho que está chegando, mas…
Como é a sua relação com as cervejas? Você já conhecia todas essas cervejas quando resolveu abrir o bar?
Não. Quando abri o bar eu gostava de tomar Bohemia. O resto era porcaria. Daí eu comecei a ler, começaram a chegar as cervejas e eu comecei a tomar. A primeira vez que eu tomei Guinness, por exemplo, achei horrível. Então comecei pelas alemãs, depois as belgas e assim fui. Experimentei uma Erdinger Pikantus na temperatura ambiente, que é uma alemã pra inverno. Voltei pra Guinness e já não achei mais tão ruim. Hoje ela é a que eu mais tomo no bar. Mas a minha preferida mesmo é a Beamish, que é uma irlandesa no estilo da Guinness porém é mais encorpada e mais gostosa.
Hoje, como é o Mondo Birre?
O perfil do bar é entretenimento geral, mais música ao vivo, pop rock. Na quarta-feira temos a noite de hip-hop. Agora, no sábado vamos ter só rock anos 80 e na terça-feira estamos pensando em uma noite de mpb ou bossa nova. O que mais elogiam do bar é o ambiente. Temos o bar mexicano, o havaiano, o lounge oriental, o snooker irlandês, o bar ocidental e o deck. Em média, temos 500, 600 pessoas por noite e abrimos de terça a domingo. Nas segundas, faremos eventos fechados sobre cervejas, com palestras, degustações e harmonizações em parceria com o Mestre-Cervejeiro.com
Contato e Reservas:
Mondo Birre
Rua Coronel Dulcídio, 558
Curitiba – PR
Tel.: (41) 3232.5098
www.mondobirre.com.br
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