Sou mãe cervejeira, sim!
Imagine uma mãe. Não precisa ser a sua mãe, pode ser sua irmã, sua vizinha, sua esposa, sua filha…
O que você vê?
Se for uma dona de casa que passa o dia na cozinha, a matriarca da família que cuida de todo mundo sem nunca tomar tempo para si, talvez esteja na hora de atualizar alguns conceitos.
Afinal as mães são, antes de qualquer outra coisa, mulheres. Cada uma com sua história de vida, personalidade, interesses e preferências. Muitas delas, inclusive, adoram uma boa cerveja!
Para mostrar que uma mulher pode ser mãe, cervejeira e o que mais ela quiser, convidamos quatro delas para nos contar um pouco sobre as dificuldades e delícias de ser uma mãe que ama cerveja.
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1. Bia Amorim, mãe e sommelière de cervejas

Bia Amorim
Sommelière de cervejas (Doemens Akademie), formada em Hotelaria (Senac), pós-graduada em Gestão de Negócios de Alimentação, proprietária da Por Obséquio.
Bia Amorim
Sommelière de cervejas (Doemens Akademie), formada em Hotelaria (Senac), pós-graduada em Gestão de Negócios de Alimentação, proprietária da Por Obséquio.
Como você conheceu as cervejas artesanais?
Era 2010 e eu estava morando em Ribeirão Preto desde 2006. Nesta época eu era representante comercial para negócios de restaurantes e também trabalhava em uma importadora de vinhos. Tinha começado a carreira estudando hotelaria, mas acabei indo para o setor de Alimentos & Bebidas. Dava aulas na faculdade para as turmas de Gastronomia, Hotelaria e Turismo, e fui fazer uma visita técnica com os alunos na Cervejaria Colorado. Conheci o Marcelo Carneiro, fundador da cervejaria, e dias depois comecei a trabalhar lá. Era responsável por eventos e depois fui para área do Marketing.
Tive a oportunidade de me formar Sommelière de Cervejas em 2010 e no curso conheci muitas pessoas importantes do mercado. Na Colorado viajei bastante e adquiri muito conhecimento trabalhando dentro de uma fábrica. Me apaixonei por cervejas no momento que tomei uma direto do tanque, viva.
Quais são seus estilos de cerveja favoritos no momento?
As mais escuras. As mais alcoólicas. As mais azedas. As mais frutadas. As mais secas. As mais limpas. Lúpulos elegantes. Malte equilibrado. Leveduras respeitadas.
Você já se sentiu discriminada por ser mãe e consumir cerveja?
Nunca me senti assim. Mas também sou bastante comedida no consumo. Nas oportunidades em que tenho mais liberdade para consumir um volume maior de cerveja são os Festivais, nos quais meu filho não vai comigo, ou em casa, em ocasiões mais específicas como no meu aniversário. Os limites servem tanto para adultos quanto para as crianças.
Com quem você adoraria beber uma cerveja?
Com meu filho, quando ele puder beber! Isso se ele optar por beber, já que apesar de sentir os aromas, nunca em hipótese alguma ele quis experimentar. Nunca me pediu e ainda branda que, se ele provar, vai ser depois dos 18. Espero que passe pela adolescência pensando assim também!
Gostaria de mandar um recadinho para quem acha que mãe e cerveja não combinam?
A cerveja faz parte da vida das pessoas há mais de 8 mil anos. As mães eram as responsáveis por processar a comida que seria alimento para a família. Muito provavelmente foi a partir de uma receita matriarcal que fermentou que se descobriu a receita da cerveja.
Para as pessoas que acham que maternidade e cerveja não combinam, eu digo que existe sim a questão da quantidade de cerveja a ser ingerida, pois o álcool de forma geral e em qualquer bebida, precisa ser respeitado pois nos faz “movimentar” diferente. Mas na medida correta, ele continua nos fazendo evoluir neste caminhar. Uma mãe cansada da jornada de responsabilidades com as crianças, muitas vezes precisa de uma Porter também, assim como os navegadores ingleses mereciam essa cerveja depois de um dia de trabalho duro — afinal, as mães têm também seus dias de tormenta. Uma cerveja forte, escura e com um toque doce e textura cremosa é um alento. Não precisa mais do que um copo. Precisa somente de tempo para isso.
Então, antes de falar que mãe não combina com cerveja, passe uma noite com um bebê chorando de cólica ou depois de um dia ruim de escola, uma tarde com os filhos brigando, mil coisas para fazer e um adolescente reclamando. A cerveja, mais do que só saborosa, também tem o propósito de nos florear o tempo.
2. Carol Rocha, mãe e influenciadora digital
Como você conheceu as cervejas artesanais?
Eu sou publicitária e acabei conhecendo por causa de amigos que produziam cervejas artesanais. Depois de um tempo comecei a ver cervejas artesanais em mercadinhos aqui em São Paulo.
Quais são seus estilos de cerveja favoritos no momento?
Eu tenho gostado bastante de cervejas frutadas e com mel.
Você já se sentiu discriminada por ser mãe e consumir cerveja?
Sim! Mesmo não amamentando mais – amamentei por 1 ano e 9 meses – sentia os olhares de julgamento.
Com quem você adoraria beber uma cerveja?
Beyoncé!
Gostaria de mandar um recadinho para quem acha que mãe e cerveja não combinam?
Ser mãe não deveria nos eliminar do convívio social, muito menos nos limitar em tomar o que quer que seja para socializar com nossos amigos ou apenas para curtir o momento. Quando nos tornamos mães, já nasce junto com o bebê várias responsabilidades e desafios. Não merecemos sofrer julgamentos por causa de uma bebida. Respeitem as mães e tragam as cervejas!
3. Helen Ramos, mãe e youtuber
Como você conheceu as cervejas artesanais?
Foi no auge da moda. Um amigo começou a fabricar, viajei e experimentei uma no interior de Goiás. Depois fui pra Nova York, onde conheci várias. Foi quando comecei a curtir, aprender a diferenciar, saber quais eu gosto mais ou menos.
Quais são seus estilos de cerveja favoritos no momento?
Adoro as Witbier, Weissbier, curto experimentar umas Pale Ales e outras também. Adoro experimentar, by the way.
Você já se sentiu discriminada por ser mãe e consumir cerveja?
Obviamente! Rola um olhar terrìvel às vezes, principalmente em festinhas de criança, ou locais públicos.
Com quem você adoraria beber uma cerveja?
Hummm… nossa que pergunta dificil! Pensei em tanta gente fantástica aqui, mas se tiver que escolher vou com a Thaís Araújo.
Gostaria de mandar um recadinho para quem acha que mãe e cerveja não combinam?
Oi gente, tudo bem? Mãe pode e deve ter o prazer de tomar uma cerveja deliciosa nos momentos em que ela decidir que são bons, afinal de contas não é só uma mãe que é responsavel pelo seu filho. Pequenos prazeres fazem parte da qualidade de vida, e uma mulher ao se tornar mãe não precisa se privar disso.
Um brinde!
4. Lorna Laux, mãe e proprietária de loja de cervejas
Como você conheceu as cervejas artesanais?
Nunca tomava cervejas comuns por ser uma bebida que me fazia muito mal – em 10 minutos eu ficava com dor de cabeça, me sentia empanzinada, não era legal. Foi quando meu filho João me recomendou experimentar uma cerveja artesanal que eu não sentiria nenhum efeito negativo. Tomei uma Colorado e imediatamente me apaixonei. Foi assim que descobri este mundo de sabores e aromas maravilhosos.
Quais são seus estilos de cerveja favoritos no momento?
É difícil de se falar em estilo preferido com a infinidade de opções que existem, estamos sempre experimentando novas cervejas e explorando harmonizações.
Você já se sentiu discriminada por ser mãe e consumir cerveja?
Com certeza, muito. Mas afinal, nós mulheres é que fizemos a primeira cerveja e foi uma abadessa, Hildegarda de Bigen, que ensinou a usar lúpulo na cerveja!
Com quem você adoraria beber uma cerveja?
Com meus filhos.
Gostaria de mandar um recadinho para quem acha que mãe e cerveja não combinam?
A cerveja está intrinsecamente ligada à mulher, à mãe que a usou como parte da alimentação da família, que tomou milk stout para amamentar seus rebentos. Minha avó fazia cerveja para meu avô e adorava uma stout.
Mais do que qualquer outra bebida, a cerveja sempre esteve ligada à mulher. Então, uma cerveja, por favor!
Um brinde às mães cervejeiras e feliz Dia das Mães!